Coordenação da PCr do Rio Grande do Sul: avaliações realizadas em 2016

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Maior organização de grupos de Pastoral Carcerária nas dioceses, intensificação de formações com agentes da PCr e com padres, atenção à questão da mulher encarcerada e disseminação de formações sobre justiça restaurativa em todo o estado foram os principais avanços da atuação da Pastoral Carcerária do Rio Grande do Sul no ano de 2016.
Em entrevista ao Site da PCr Nacional, o Padre Edson André Cunha Thomassim, coordenador estadual, e Irmã Imelda Maria Jacoby, vice-coordenadora, relataram que neste ano a PCr do Rio Grande do Sul pautou suas atividades a partir do objetivo e das prioridades da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil 2015-2019: Ser uma Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra e Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres. Além disso, também optou em seguir as linhas de ação do Regional Sul 3 da CNBB que mais se aproximam da missão da Pastoral Carcerária.
Atendendo ao chamado do Papa Francisco, houve especial destaque para ações relacionadas ao Ano Santo extraordinário da Misericórdia, entre as quais formações para os membros da pastoral sobre essa temática, entrega de folder sobre este jubileu para os presos, acompanhamento da visita dos bispos às prisões, realização de missas e PCR RIO GRANDE DO SUL 2016celebrações penitenciais, permitindo maior contato dos ministros ordenados com as pessoas presas, além da conscientização da população sobre a realidade prisional.
Também houve a divulgação nos meios de comunicação sobre a Agenda Nacional pelo Desencarceramento, enfatizando a meta de um mundo sem prisões. “A Agenda foi tema permanente nos encontros regionais da PCr e todas as dioceses foram desafiadas a trabalhá-la nas bases”, relataram os coordenadores da Pastoral no Rio Grande do Sul.
Ainda segundo Padre Edson e Irmã Imelda, “houve um momento forte a nível de regional, por ocasião da assembleia, com a celebração penitencial para os agentes da Pastoral do estado e visita à Catedral metropolitana, com passagem na Porta Santa e Eucaristia”, disseram, recordando esta celebração especial, realizada em 2 de outubro.
Outros enfoques da atuação da PCr em terras gaúchas foram as questões relativas às mulheres presas, “que têm merecido atenção crescente na articulação estadual, com a constituição de um referencial, além do aprofundamento da temática em encontros e nas assembleias”; e a intensificação dos cursos sobre Justiça Restaurativa, “com grande centralidade nas ações de formação, tanto para os/as agentes de pastoral, como para servidores/as do sistema prisional e também para o público em geral”, incluindo não só os membros da Pastoral, mas também os agentes penitenciários e privados de liberdade.
Projeções para 2017
Para o novo ano que se aproxima, a Pastoral Carcerária do Rio Grande do Sul pretende intensificar ainda mais os cursos sobre as práticas restaurativas – um em nível estadual – bem como os Fundamentos da Justiça Restaurativa – Espere em diferentes níveis e locais, além da Capacitação multiplicadores dos fundamentos da Justiça Restaurativa.
Outras metas são: incentivar a atuação e colaboração nos conselhos da comunidade por parte dos membros da PCr; reforçar a Agenda nacional para o Desencarceramento no estado, a partir de uma capacitação específica; acompanhar e monitorar as ações e organização de cada diocese, com amplo conhecimento da situação da PCR em todo estado; acompanhar as pastorais sociais do Regional numa articulação comum, em vista do trabalho de pastoral de conjunto junto à CNBB; constituir o GT Jurídico estadual da PCR; fortalecer o Trabalho do GT Mulheres Presas; e oportunizar momentos de formação e organização das equipes que atuam junto às Unidades Socioeducativas de Adolescentes e Jovens.
Padre Edson e Irmã Imelda também desejam que a coordenação nacional da Pastoral Carcerária dê suporte de acompanhamento para o fortalecimento da ação Estadual e Regional; ofereça materiais e subsídios de aprofundamento e divulgação da ação da Pastoral, bem como recursos e materiais para encontros juntos às pessoas, além de orientação jurídica para os estados e apoio na elaboração e captação de recursos, e repasse de informações e apoio para o desenvolvimento das ações locais.

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