O Regional Nordeste 2 da CNBB publicou uma nota em que critica a ação do governo do estado de Pernambuco em relação à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. De acordo com a nota, a superlotação foi a causa da rebelião.
“A mesma [a superlotação], por sua vez, traz consigo a ausência do estado no cumprimento das assistências necessárias para que o presidio tenha rotatividade. É muito comum e rotineiro a falta de assistência na movimentação dos processos, o que acarreta uma grande injustiça praticada pelos poderes constituídos que fazem às vezes do estado, mas que não cumprem sua devida responsabilidade”.
Leia a íntegra da nota do Regional Nordeste 2 da CNBB
A nota aprofunda as críticas ao estado no que se refere a falta de transparência no trato com as entidades que trabalham com denúncias de violações de direitos, maus tratos e tortura, afirmando que “essa prática corriqueira e conhecida tem por finalidade esconder situações de graves violações de direitos”.
Ainda sobre transparência, a nota critica o fato de os familiares não terem tido acesso a notícias dos parentes presos que estavam na unidade, como a falta de informações reais e oficiais de mortos e feridos.
A Pastoral Carcerária de Caruaru se manifestou, também por meio de uma nota, e destacou que “os membros da Pastoral carcerária de Caruaru se fizeram presentes na penitenciária e estão acompanhando de perto a situação. Convictos de nossa missão junto aos nossos irmãos encarcerados, vendo neles o próprio Cristo condenado” (Leia a íntegra da nota)