Com a participação de 58 pessoas dos estados de Goiás, Mato Grosso e do Distrito Federal, aconteceu de 13 a 15 de setembro, em Goiânia (GO), o encontro da Macrorregião Centro-Oeste da Pastoral Carcerária, um momento celebrativo, reflexivo e de memória dos trabalhos.
Entre as pautas tratadas, esteve a problemática da superlotação do sistema prisional, a falta de agentes da pastoral e as dificuldades para evangelizar no mundo do cárcere. Também se refletiu sobre a mística da PCr, a importância da Justiça Restaurativa e sobre os projetos sociais que estão sendo desenvolvidos nas unidades prisionais do Estado de Goiás.
O ponto alto do encontro aconteceu no sábado, dia 14, com a peregrinação dos agentes da Pastoral, junto a jovens da Arquidiocese de Goiânia, ao Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), como parte das atividades da Jornada pela Juventude Privada de Liberdade, promovida pela Macrorregião, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade de 2013.
Do trevo de Goiânia, de onde partiram os peregrinos, até o Santuário foram 18 quilômetros de caminhada de “muita fé, de muita oração e de muita unidade com os presos do mundo inteiro, do país, e também com todos os agentes de pastoral, homens e mulheres que, neste país afora, se entregam voluntariamente para transformar esses ambientes em mais humanos e também para pedir a Deus aquilo que nós sonhamos e cremos ser o sonho dele: um mundo sem prisões”, afirmou Marcelo Ramos, agente da PCr em Cuiabá, em entrevista ao Programa Pai Eterno, exibido na Rede Vida de Televisão.
Os peregrinos, entre os quais a irmã Petra Silvia Pfaller, vice-coordenadora nacional da PCr, estavam vestidos com a camiseta da Pastoral e carregavam faixas e cartazes alusivos a causas que a Pastoral condena, como o recorrente extermínio da juventude. No santuário, rezaram pelas mais de 600 mil pessoas em situação de prisão no Brasil, e de modo especial pelas 45 mil que estão encarceradas nos estados da região centro-oeste e em Tocantins.
Também entrevistada pelo Programa Pai Eterno, irmã Maria José de Oliveira, coordenadora Macrorregião Centro-Oeste da Pastoral, explicou as motivações da peregrinação. “A maioria das pessoas presas no Brasil são jovens, então, surgiu esta questão: que compromissos nós vamos fazer? O compromisso que assumimos em assembleia nacional foi que o centro-oeste iria fazer uma romaria pedindo por esta população carcerária que tanto sofre”.
VEJA REPORTAGEM DO PROGRAMA PAI ETERNO (entre 2´45” e 5’50”)