O início do julgamento de parte dos policiais suspeitos de participarem do Massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992, que resultou na morte de, ao menos, 111 pessoas, mobiliza a mídia em todo mundo.
Na segunda-feira, dia 15, a agência alemã de notícias Deutsche Welle (DW) publicou na internet a reportagem “Prescrição de crimes ameaça punição pelo Massacre do Carandiru”, na qual rememora o episódio do massacre e consulta especialistas na questão carcerária a respeito das perspectivas para o julgamento.
Padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, foi um dos entrevistados e comentou sobre a forma como a Justiça brasileira tem tratado o caso.
“Além de o julgamento ser tardio, somente os policiais que receberam ordens para entrar e atirar foram colocados no banco dos réus. Os mandantes não vão ser julgados. Por isso não há como haver justiça neste julgamento”, avaliou o padre.
Na reportagem, foram também entrevistados Bruno Shimizu, defensor público e coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, e Antonio Flávio Testa, especialista em segurança pública da Universidade de Brasília (UnB).
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