O sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul está em meio a uma crise, assemelhando-se a um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer momento. O alerta foi feito pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado do Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago, em 24 de fevereiro.
O Sinsap tem cobrado providências imediatas por parte do governo do Estado, mas, de acordo com Santiago, as demandas estão sendo ignoradas ou tratadas como casos isolados.
Segundo o sindicalista, desde o final do ano passado vem sendo registrados vários episódios, que apontam para outras ocorrências ainda mais sérias que estão sob risco de acontecer nas unidades penais.
Após a morte do agente Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, em 11 de fevereiro, a tensão dentro das penitenciárias aumentou em todo o estado, e não tem havido efetivo controle para impedir a entrada de equipamentos eletroeletrônicos e drogas.
Mais de 150 agentes penitenciários participaram de uma manifestação realizada no dia 12 de fevereiro, em frente ao prédio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Os servidores exigiram melhores condições de trabalho e ampliação do efetivo carcerário.
De acordo com o presidente do Sinsap, as principais reivindicações são com relação às condições de trabalho, melhorias na estrutura física das unidades e principalmente aumento do efetivo. “É um absurdo termos que trabalhar com um efetivo tão baixo, sem qualquer tipo de segurança, estamos correndo risco sim, todos nós estamos”, disse.
Familiares que foram visitar os presos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, na capital do Estado, em 22 de fevereiro, denunciaram que alguns presos estavam armados e ameaçando uma rebelião, porém durante a ação da tropa de choque, não foram encontradas armas.
Fontes: Correio do Estado e Capital News