Quando você estiver livre e recuperado, conte comigo em tudo o que eu puder ajudá-lo. E quando puder, por favor, peço que você reze por mim. Um abraço. Fraternalmente. Jorge (Francisco)”.
Em mais uma das muitas atitudes surpreendentes que tem realizado desde o início de seu pontificado, o papa Francisco respondeu, em 13 de junho, a uma carta enviada pelo preso argentino Patrício Santos Fontanet. A informação foi divulgada pelo jornal “El Clarín”, de Buenos Aires, no começo deste mês.
Pato, como é mais conhecido, foi condenado a sete anos de prisão por causa de um incêndio na discoteca Cromañón, de Buenos Aires, quando 194 pessoas morreram devido à falta de portas de emergência. O detento, que também é músico da banda “Quase Justiça Social”, está na ala psiquiátrica do presídio de Ezeiza, em tratamento psíquico devido a um quadro depressivo.
Na carta, enviada à residência dos familiares de Pato, o Papa agradece ao músico pelo envio da correspondência e afirma que “mesmo longe, estou perto de você e da banda, escutando à distância o que vocês sentem e dizem. Eu gostaria de estar mais perto para acompanhá-los melhor”.
Ainda em sua resposta, o Sumo Pontífice diz que não dará conselhos a Pato, “porque, neste momento, você não precisa deles: você é um homem que sabe bem o que tem que fazer e como fazer. Eu confio nisto”. E prossegue: “Você vai passar por dias de desânimo, mas não tenha medo. Tudo passa. Seja forte!”.
O jornal argentino entrevistou a mãe do filho do cantor, Estefania Miguel, que leu ao artista, por telefone, a resposta enviada pelo papa Francisco. “Este gesto de Francisco encheu o nosso coração e me deu mais forças para lutar pela verdade. Eu li para ele todo o texto por telefone e ele se surpreendeu, porque tinha escrito para o Papa, mas nunca pensou que ele fosse responder”, relatou Estefania.
Fonte: Portal Zenit