Em 4 de março, aconteceu a reunião do Sub-Regional de Botucatu da Pastoral Carcerária, em Marília (SP), na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O encontro contou com a presença do coordenador do Sub-regional, o Padre Orlando de Almeida Alves, da Diocese de Assis, e outras 29 pessoas das dioceses de Marília (14), Araçatuba (2), Lins (6), Bauru (4), Ourinhos (2) e Assis (1).
Também presente ao encontro, Deyvid Tadeu Livrini Luiz, coordenador estadual da Pastoral Carcerária, apresentou a realidade das penitenciárias e do atendimento da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo.
Deyvid apontou para uma realidade alarmante: O Estado de São Paulo, como em todo o Brasil, está com quase todas as unidades prisionais superlotadas. A população prisional de São Paulo ultrapassa 230 mil pessoas, havendo 90 mil pessoas encarceradas além da capacidade. Entre janeiro e abril de 2016, o Estado de São Paulo prendeu 63 mil pessoas, 9,24% a mais que no mesmo período de 2015.
Alguns problemas decorrentes dessa superlotação são as precariedades nas áreas de saúde, segurança, assistência jurídica, etc. Muitas unidades prisionais ainda não contam com a visita de agentes da pastoral carcerária. Um desafio constante.
Do total de presos, 80% é de jovens, pobres, negros ou pardos entre 18 e 29 anos. Cidadãos com baixíssima ou nenhuma escolaridade, ineficaz capacitação profissional e moradores das periferias das grandes e médias cidades.
Apesar desse quadro complexo, há indicadores de consolo: Está aumentando o número de agentes da pastoral carcerária e em quase todas as dioceses do estado há uma coordenação diocesana. Para se ter um exemplo concreto, a Diocese de Marília contava (dados de 1º de março) com 20.508 detentos, sendo assim a com maior população carcerária do Brasil.
Após algumas partilhas das realidades nos cárceres no sub-regional, Deyvid apresentou a resolução estadual sobre o direito à assistência religiosa dos encarcerados, e tirou dúvidas dos participantes.
“A reunião foi muito proveitosa como partilha, discussão de temas atuais e renovação das forças dos agentes da Pastoral Carcerária para a missão que nos foi confiada”, contou o Padre Valdo Bartolomeu de Santana, assessor diocesano da Pastoral Carcerária.