Esta é muitas vezes a santidade «ao pé da porta», daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus. (GE 7)

Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. (GE 14)

Cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspeto do Evangelho. (GE 19)

Como Pastoral Carcerária em nível nacional acompanhamos ao longo de quarenta dias a caminhada diária do Padre Osvaldo Scotti, filho de São João Bosco, que por muitos anos se dedicou à Pastoral Carcerária e se tornou pai e mãe de muitas e muitos jovens que estão privados da liberdade.

Quando pensei escrever estas poucas rigas para fazer memoria do Padre Osvaldo, pensei em quem teve a oportunidade de o encontrar, alguns ocasionalmente, outros diariamente, me veio espontânea a imagem que Papa Francisco da “santidade ao pé da porta”, sabendo que este tipo de santidade, que talvez não chegará a ser reconhecida oficialmente pela Igreja, é àquela da ferialidade da vida de muitos e muitas, homens e mulheres que visitam diariamente, semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, os nossos irmãos e irmãs feridos pelos caminhos da vida.

Fazer memória do Padre Osvaldo, de sua vida e do amor que ele tinha para ela e trazer pelo palco de nossa história rostos, pés, mãos que como ele se tornaram os olhares, o sentir, as mãos, os pés, os ombros, o aconchego, de quem é descartado, é jogado de lado, considerado como atropelo e sem futuro.

Intercede por nós Padre Osvaldo, para que continuemos a cultivar a “santidade ao pé da porta”,  para que nossas vidas e nossa atitudes sejam Identificação com Cristo e os seus desígnios, que nos compromete a construir, com Ele o Reino de amor, justiça e paz para todos.(GE 25) – O mundo sem Cárceres.

 

                                                 Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária