A Pastoral Carcerária da Diocese de Criciúma realizou, em 10 de agosto, pela primeira vez, uma missa na Penitenciária Sul, localizada no bairro Vila Maria, em Criciúma.
A celebração ocorreu em um pátio fechado, com a participação de 20 presos, três funcionários da unidade prisional e quatro integrantes da Pastoral Carcerária. Padre José Aires Pereira, assessor diocesano da PCr, presidiu a missa, concelebrada pelo padre Orlando Cechinel.
“Pela primeira vez, celebramos uma missa aqui e nos propomos a estar de forma periódica, nos encontrarmos e rezarmos. Os agentes da Pastoral Carcerária fazem isso de forma voluntária, porque querem estar neste ambiente e evangelizar, seguindo o ensinamento de Jesus: ‘Estive preso e fostes me visitar’. Queremos acolher essa palavra com misericórdia. Deus não me ama porque sou bom; me ama porque Ele é bom”, disse Padre Aires na homilia.
O Sacerdote motivou uma breve reflexão para o Evangelho do dia, que se referia à semente que só produz fruto quando morre. “A terra é Deus que nos acolhe, na nossa vida, para que produzamos frutos. Se morrermos no pecado, não vamos nascer para Cristo. Deus nos quer felizes e bem resolvidos. Apesar de nossas fraquezas, precisamos conhecer o amor de Deus”, acrescentou.
“Na simplicidade, no amor e no carinho, queremos estar com vocês, respeitando sua religião, pois nem todos são católicos, mas a Palavra de Deus deve guiar a nossa vida”, completou Padre Orlando.
A missa foi dedicada às famílias dos encarcerados, funcionários do complexo e detentos que são pais, uma vez que aconteceu próxima ao Dia dos Pais, festejado em 14 de agosto. Ao final da missa, os padres Orlando invocaram a bênção sobre o pão, que foi partilhado.
A Pastoral Carcerária iniciou as visitas aos encarcerados dessa unidade prisional há cerca de três meses, todas as segundas-feiras. Padre Aires agradeceu à direção pela oportunidade dada à Igreja de se aproximar dos que estão no cárcere.
Conforme o gerente de educação da Penitenciária Sul, Max Mello, a visita dos agentes da Pastoral Carcerária aos presos só tende a ser positiva e pode refletir um futuro melhor. “Sempre que a gente envolve Deus, em qualquer coisa, é bom. Isto será bom para eles e para a própria comunidade. Onde Deus está, milagres acontecem”, frisa Mello. Para o detento B.S., há três anos na unidade prisional, a celebração foi importante. “Senti a presença de Deus. Ele representa tudo na minha vida”.
Fonte: Diocese de Criciúma