Eles haviam escrito uma carta ao Papa Francisco, doando a ele as hóstias que confeccionam. E o Pontífice os saudou e agradeceu no Ângelus de 17 de janeiro passado. Em 9 de abril, o “abraço virtual” tornou-se realidade. De fato, Cristiano, Ciro e Giuseppe, três dos quatro detentos da prisão de Opera, em Milão, envolvidos no projeto “o sentido do pão”, participaram na Audiência Jubilar na Praça São Pedro.
O projeto é promovido pela Fundação Casa do Espírito e das Artes. Os três entregaram diretamente nas mãos de Francisco mais de 12 mil hóstias, que o Pontífice prometeu consagrar em uma das próximas missas por ele presidida.
“Para nós é uma grande emoção”, explicou Ciro, condenado por homicídio. “Doamos ao Santo Padre o fruto de nosso trabalho e da nossa redenção. Jesus presente com o seu corpo na Eucaristia, transformou o nosso coração, e hoje podemos testemunhar a todos que a misericórdia de Deus é possível para todos, não somente para quem – como nós – cometeu crimes horríveis”.
Na entrega das hóstias, o Papa quis escrever de próprio punho uma frase, que deixou como presente aos detentos, saudando a eles e a todas as pessoas que trabalham na prisão de Opera, assegurando a todos a sua benção e pedindo para rezar pelo seu ministério.
Iniciado há cinco meses, “O sentido do pão” atingiu a 200 paróquias, na Itália e no mundo. As hóstias são doadas gratuitamente a quem faz os pedidos por e-mail.
Atualmente, as partículas são enviadas aos cinco continentes, cenário de guerra ou para países e lugares que vivem realidades difíceis, como Nicarágua, Curdistão iraquiano, Líbano, Jerusalém, Cuba, Sri Lanka: uma imensa rede de contatos, com o objetivo de criar uma nova consciência sobre o sentido salvífico da Eucaristia e para refletir sobre a extraordinária gratuidade da misericórdia de Deus.
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