PCr de Honduras se manifesta sobre rebelião que matou 46 mulheres

 Em Combate e Prevenção à Tortura, Notícias

Uma rebelião no Centro Feminino de Adaptação Social em Honduras deixou 46 mulheres presas mortas. A unidade tem capacidade para 900 pessoas e fica a cerca de 20 quilômetros da capital, Tegucigalpa.

Segundo as autoridades, a maioria das vítimas morreu queimada e é feito um trabalho para conseguir a identificação das mortas. Sete mulheres estão feridas e internadas.

A Pastoral Carcerária de Honduras se manifestou em nota, lamentando a perda de vidas e demandando das autoridades explicações e melhorias no sistema carcerário:

“Nos solidarizamos com as famílias dos presos e presas e rogamos a Deus que logo se encontre uma solução para que as mulheres privadas de liberdade possam cumprir suas penas em paz e buscando sua reabilitação. (…) exigimos às autoridades que esclareçam este cruel acontecimento que necessita de uma resposta, e reforça que a segurança funcione de maneira efetiva e oportuna; respeitando os direitos dos e das privados (as) de liberdade e que vele pela dignidade humana”.

Confira  a nota completa abaixo:

 

A Pastoral Carcerária da Igreja Católica de Honduras se pronuncia a respeito dos eventos ocorridos nesta manhã de quarta-feira na prisão de Mulheres PNFAS; justamente após o término da nossa reunião da Comissão Nacional de coordenadores do país, recebemos essa notícia que nos consterna e enche de indignação.

Estamos preocupados pela saúde das irmãs privadas de liberdade que estão nos hospitais, esperamos que elas possam se recuperar e que não hajam sequelas nas feridas ocasionadas pela violência produzida dentro desse centro penal que, por conta da superlotação, nos dá uma tragédia para contar.

Nos unimos à dor dos familiares das 46 mulheres que perderam a vida, que neste momento exigem respostas a tantas dúvidas pairando sobre este triste acontecimento.

O abuso de poder, o auto governo dentro do centro penitenciário, sempre com dúvidas sobre como armas de fogo, que causam tanto dano, entraram na prisão, mesmo com todo tipo de controle e todo tipo de revistas que são necessárias para entrar nessas unidades.

Nos solidarizamos com as famílias dos presos e presas e rogamos a Deus que logo se encontre uma solução para que as mulheres privadas de liberdade possam cumprir suas penas em paz e buscando sua reabilitação. Não podemos imaginar a angústia que viveram as mulheres no berçário, grávdas, e com seus pequenos filhos, é algo que deve terminar, porque exigimos às autoridades que esclareçam este cruel acontecimento que necessita de uma resposta, e reforça que a segurança funcione de maneira efetiva e oportuna; respeitando os direitos dos e das privados (as) de liberdade e que vele pela dignidade humana.

Estamos em comunhão à nossa Madre la Virgen de Suyapa, pedindo a ela por essas irmãs que perderam sua vida, por seus familiares e pelas mulheres feridas, que logo regressas em paz à outras unidades prisionais.

Frei Agustín Lara Parrales O de M
Capelão da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Tegucigalpa

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