PCr da Bahia e Sergipe realiza Assembleia Geral

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De 27 a 29 de maio, em Salvador, na Organização São José, ocorreu a Assembleia Geral da PCr NE III – Bahia e Sergipe.  A Coordenadora Nacional da PCr para Questão da Mulher Encarcerada, Rosilda Ribeiro e Pe. Elisvaldo Cardoso, Coordenador da PCr do Maranhão, participaram do encontro.

O Coordenador da PCr NE III, Francisco Carlos Fernandes Almeida Franco e Pe. Philippe Dominique Marie le Puil, acolheram os participantes com alegria. Após a oração inicial, os 54 participantes, de 11 das 13 Dioceses se apresentaram, e, ao final, fizeram a partilha das atividades realizadas.

Após a missa na capela, Rosilda Ribeiro falou sobre atuação da PCr Nacional para a Questão da Mulher Encarcerada: os desafios e as urgências na promoção da dignidade da mulher privada de liberdade, de seus filhos/as e de suas famílias; exercitando a Escuta numa visita profética e gratuita, sendo a voz das mulheres encarceradas, anunciando que a Igreja, através da PCr, está atenta e fiscalizando a devida efetivação dos direitos adquiridos em legislações específicas, assim como dialogando com a sociedade sobre a necessidade de um compromisso com a vida humana, criando redes de apoio, buscando promover o desencarceramento das privadas de liberdade e ser ponte para que as mulheres sobreviventes do cárcere possam (re)construir suas vidas. 

Depois o depoimento de superação de Iza, mulher sobrevivente que relatou a importância da PCr de Salvador na vida dela e de muitas encarceradas, principalmente na pessoa de Ir. Fátima (in memorian).

O encontro também contou com a presença da Desembargadora Joanice, Dra. Maria Angélica, Juiza da VEP de Salvador, e Dr. Edmundo, Promotor Público, que motivaram a PCr a se fazer cada vez mais presente, devido à sua importante atuação junto às pessoas privadas de liberdade, suas famílias e nos órgãos institucionais, para romper a invisibilidade das pessoas privadas de liberdade e trabalhar em sintonia na formação de redes. 

Dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida, Bispo auxiliar da arquidiocese de São Salvador, trouxe aos participantes seu abraço fraterno e apoio ao incansável e profético trabalho da Pastoral Carcerária.

Pe. Elisvaldo, com a temática do/a cuidador/a, refletiu sobre a saúde mental, o estresse e os valores humanos. O bem viver nos convida a resistir à tentação de ser o guia de nós mesmos, em vez de nos deixarmos guiar por Deus; a importância de ouvir sem absorver, reconhecendo seus limites e buscando ajuda quando necessário; e fazendo o uso de técnicas para evitar a ansiedade. 

Foi um momento muito participativo, e com o cuidado de pastor, trouxe aos presentes a importância da saúde das pessoas privadas de liberdade, homens e mulheres, com suas especificidades e a inevitabilidade de pautarmos isso sempre nos espaços em que transitamos, pois a saúde é um direito garantido para todas as pessoas, sem exceção. Carlos Antônio Magalhães apresentou o subsídio “Formação Cristã no Cárcere”, que a PCr Nacional oferece como roteiros para encontros celebrativos, junto com os irmãos e irmãs encarcerados/as.

Tivemos a alegria de participar da Santa missa dominical no Santuário Irmã Dulce dos Pobres, onde ouvimos do Reitor que Ir. Dulce era agente da Pastoral Carcerária, pois visitava com frequência as pessoas encarceradas. 

E assim, nesse caminho de comunhão, participação e missão, Pe. Sérgio Andrades, da Diocese de Eunápolis (BA), na ciranda amazônica, trouxe o Evangelho nos pés e convidou os presentes a “estreitarmos a comunhão; aumentarmos a Participação; expandirmos a nossa Missão, no caminho da escuta atenta dos sinais dos tempos à luz da Palavra de Deus, no rosto e história de vida das pessoas encarceradas, excluídas, marginalizadas e criminalizadas pelo sistema imperante na sociedade liquidificadora da pessoa humana”.

O encontro foi encerrado com o envio feito por Pe. Gildevan, Diocese de Serrinha, agradecendo a participação e trazendo presente a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, pois como somos uma Pastoral de Escuta, precisamos “saber ouvir, deixar que os outros digam tudo, não cortar, saber ouvir com os ouvidos do coração”. 

Rosilda Ribeiro, Coordenadora Nacional para a Questão da Mulher Encarcerada, segue com a equipe visitando presídios no Estado da Bahia

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