A sede do Regional Sul 3 da CNBB, em Porto Alegre (RS), foi o local escolhido pela Pastoral Carcerária do Rio Grande do Sul para realizar, em 7 de março, o encontro estadual da PCr, com o propósito de reanimar o agir pastoral e definir prioridades para o biênio.
Vindos das cidades de Porto Alegre, Guaíba, Frederico Westphalen, Osório, Montenegro, Caxias dos Sul, Santa Maria, Uruguaiana, Lajeado, Santo Ângelo, Passo Fundo, Erechim, Pelotas, Novo Hamburgo e Charqueadas, 25 agentes participaram da atividade, junto a Dom Liro Vendelino Meurer, bispo da Diocese de Santo Ângelo (RS) e referencial da PCr no Regional Sul 3.
Irmã Imelda Maria Jacob, coordenadora estadual da Pastoral, apresentou o material “Formação para Agentes da Pastoral Carcerária” e partilhou que para manter-se nessa pastoral é fundamental alimentar a espiritualidade.
“É uma pastoral de limites e fronteiras que exige uma espiritualidade forte, perseverança, renúncia e gratuidade porque não se tem muito retorno. O material que entregamos hoje foi compilado pela Pastoral a nível nacional, que reuniu e organizou algo a partir das apostilhas que andavam pelo Brasil e fez um material comum para todos”, explicitou a coordenadora.
Para Carlos Deonísio Flores, coordenador da Pastoral Carcerária da Diocese de Montenegro, “o encontro foi muito importante para que pudéssemos tomar conhecimento das necessidades atualizadas diante do novo momento político que estamos vivendo. Refletimos sobre a necessidade da mística e espiritualidade do agente de pastoral e também traçamos o plano de ação diante das metas traçadas já no ano passado. Acima de tudo, partilhamos as dores fortes da Pastoral Carcerária em todo o Estado”, afirmou, complementando sobre a PCr em sua diocese: “Precisamos dar um grande passo em direção à sociedade. A comunidade precisa passar pela sensibilização, afim de que possamos avançar na restauração do ser humano privado da liberdade”.
De acordo com o Padre Diego da Silva Correia, referencial da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Porto Alegre, “a reunião é uma oportunidade de partilha das vivências de como a Palavra de Deus é levada aos presos, que renova suas vidas, traz dignidade e um novo caminho”.
Para Fernando Marques, da Diocese de Caxias do Sul, vice-coordenador da PCr estadual, o encontro foi para renovar e animar o início das atividades de 2015. “Em setembro do ano passado, tivemos um Congresso Estadual, em que levantamos os desafios e agora vamos trazer as orientações da Coordenação Nacional e construir um plano de ação para atuar e expandir no Estado”, explicou, opinando ainda que a PCr “é a maternidade da Igreja. É a mãe que olha a todos e percebe o filho caído e vai cuidar. As pessoas precisam entender que há necessidade de fazer alguma coisa em prol dos encarcerados”.
“A Pastoral Carcerária é a presença de Cristo e de sua Igreja no mundo dos cárceres. É a evangelização e a promoção da dignidade humana por meio da presença da Igreja nos cárceres através de equipes de organizadas”, sintetizou Joaquim Alcides Oliveira Lima, coordenador da Pastoral na Diocese de Osório.
(Com informações de Graziela Wolfart e Judinei Vanzeto)