Aconteceu em 17 de setembro, no Centro de Pastoral São José, da Região Belém da Arquidiocese de São Paulo, o Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 1 da CNBB. Na pauta, o estudo da exortação apostólica “Evangelii Gaudium”, do Papa Francisco. O tema da atividade foi “As Pastorais e Movimentos Sociais à luz da Evangelii Gaudium”.
O encontro teve início com mística de espiritualidade, coordenada por Maria Aparecida Pereira de Lima, a Cidinha, da Pastoral Operária, e pela Irmã Maria Aparecida Claus, da Pastoral do Menor arquidiocesana. A oração fez memória dos mártires da luta pela igualdade social e também em repúdio à violência praticada contra os agentes sociais e criminalização dos movimentos sociais, levada em prática pelos governos em todos os níveis.
A síntese do documento foi apresentada pelo diácono José Carlos Pascoal, da Comissão Regional dos Diáconos (CRD Sul 1) e moderador do Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 1, de maneira interativa, com a participação da assembleia.
O capítulo 4 da exortação apostólica – “A Dimensão Social da Evangelização” – provocou maiores debates, acompanhados de narrativas e testemunhos. Como conclusão desse debate, destacou-se a dificuldade de ser agente de pastoral social por falta de apoio, em alguns casos da diocese, em outros da paróquia e, também, por parte de conselhos paroquiais e agentes de outras pastorais.
Houve consenso de que a “Evangelii Gaudium” deve ser um livro de cabeceira dos católicos, assim como a Bíblia, pois esta exortação apostólica chega num momento propício em que a Igreja sabe das muitas formas de pobreza e de exclusão dos tempos atuais, faz um belo discurso, mas não dá o necessário apoio aos agentes sociais.
Carmem Cecília de Souza Amaral, a Caci, coordenadora da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo, falou sobre a Rede de Escolas de Cidadania e Fé e Política, que nasceu na Arquidiocese e está se espalhando, com muitos frutos na formação e na conscientização política dos cristãos. “Mais importante que os resultados são as formas de processos. Estamos sempre ansiosos pelos resultados rápidos, mas é preciso desenvolver um processo para alcançarmos os objetivos”, disse.
“Ainda aguardamos o resultado de três estados para fazermos a avaliação completa do ‘Grito dos Excluídos 2014’, mas sabemos que obtivemos excelentes resultados, mais uma vez”, falou Ari Alberti, coordenador nacional do Grito dos Excluídos. Ari também fez um breve relato das ações desenvolvidas no Regional Sul 1 durante a caminha da 5ª Semana Social Brasileira. “Precisamos muito de Reforma Política, mas precisamos muito mais de uma política de reformas”, disse.
Flávio Augusto Azzi deu informações sobre o projeto da Cáritas Internacional “Uma família Humana, pão e justiça para todos”. José Efigênio de Paula disse que ainda faltam cerca de 300 urnas do Plebiscito para uma Constituinte Exclusiva e Soberana da Reforma Política para anunciar o resultado final no Estado de São Paulo. “Mas tivemos excelente participação, podendo chegar a 2 milhões de votos”, garantiu.
Participaram do Fórum os representantes das Arquidioceses de São Paulo e Campinas e das dioceses de Santos, Jundiaí, Campo Limpo, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Guarulhos, São Miguel Paulista, Itapetininga, Santo Amaro e Osasco. Pastorais e Movimentos Sociais representados: Criança, Menor, Operária, Mulher Marginalizada, Saúde, Fé e Política, Centro Santo Dias, Carcerária, DST/AIDS, Cáritas Regional, Migrantes, Conselho de Leigos, Direitos Humanos, Ecologia, Educação, Comunicação Social, Comissão Pastoral da Terra, Pessoa com Deficiência, Grito dos Excluídos e Comissão Regional dos Diáconos.
Representaram a Pastoral Carcerária o coordenador estadual, Deyvid T. Livrini Luiz, e o assessor da coordenação estadual para Evangelização Cristã no Cárcere, o diácono Carlos Alberto Barbosa Santos.
O envio e a bênção final foram ministrados pelo Padre Valdir Rodrigues de Brito, coordenador diocesano das Pastorais Sociais da Diocese de Campo Limpo.