PCr no Rio Grande do Norte trabalha para ampliar os avanços conquistados

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capa_e_interna_superior_avaliacao_pcr_RN_DoisO ano de 2013 foi intenso para os agentes da Pastoral Carcerária no Estado do Rio Grande do Norte, seja pela ampliação das atuações nas dioceses, seja pela intensificação das lutas contra as precariedades do sistema prisional no estado. Em 2014, a meta é avançar ainda mais, conforme revelou o coordenador estadual, Geraldo Soares Wanderley, em entrevista ao site da PCr Nacional.
De acordo com Geraldo, a prioridade no novo ano será tirar do papel os compromissos assumidos na última assembleia estadual, em julho de 2013, entre os quais: maior acompanhamento das equipes da PCr nas dioceses, buscando o aumento do número de agentes; melhorar a articulação entre os níveis de coordenação da Pastoral; definir um programa de capacitação continuada dos agentes de pastoral; ter um calendário de reuniões da PCr em cada localidade, para planejar ações e as visitas às prisões.
Em 2014, também a PCr no Rio Grande do Norte pretende buscar o apoio de outras pastorais e movimentos; fará uso dos meios de comunicação para divulgações; vai ampliar as equipes da Pastoral em algumas unidades de Natal; estimulará o envolvimento dos padres; e iniciará a organização e formação de equipes para desenvolver oficinas com temas de formação cristã, direitos humanos, mediação de conflitos e outras temáticas relacionadas ao sistema prisional.
Muitas dessas metas foram já priorizadas em 2013, especialmente a formação dos agentes, a ampliação das equipes de visita às unidades prisionais, a defesa dos direitos humanos e a sensibilização do clero para os trabalhos da PCr.
Segundo Geraldo, em 2013 a Pastoral registrou aumento na quantidade de agentes na Diocese de Mossoró e na Arquidiocese de Natal e conseguiu reivindicar junto às autoridades estaduais correções no sistema prisional, embora nem sempre a demanda fosse levada em conta.
“O atual secretário tem se esforçado para melhorar e organizar melhor o sistema que tem sido considerado como um dos piores do país, constituindo-se numa das dificuldades da Pastoral. Nossas preocupações com relação a revistas vexatórias, transferências de presos e castigos sem critérios justos e observância da lei, pactuadas em nossas reuniões com o secretário e sua equipe auxiliar, têm sido muito pouco observadas. Ainda assim, consideramos que avançamos”, avaliou o coordenador estadual.
Interma_inferior_avaliacao_pcr_RNGeraldo cita como outro legado positivo de 2013, as reuniões com os coordenadores das províncias do Regional Nordeste 2 da CNBB, que levaram à sensibilização do clero das dioceses para a realidade dos cárceres.
O tema da mediação de conflitos e práticas restaurativas também foi uma das realidades trabalhadas em 2013. “Desenvolvemos diversas oficinas sobre o tema com nossos agentes, representantes da comunidade e professores das unidades penitenciárias. Realizamos um encontro de formação com duração de dois dias (1ª etapa) para 70 pessoas das nove cidades do Projeto Educar Para Promover Uma Cultura de Paz, da Diocese de Caicó, do qual participaram agentes de pastoral, técnicos das secretarias municipais de Educação, Saúde e Assistência e representantes de instituições da comunidade, além de policias. Ficou previsto para fevereiro o segundo módulo para o mesmo público e, em março, realizaremos nove seminários, um em cada cidade com duração de um dia sobre o tema”, explicou.
Geraldo Wanderley lembrou, ainda, que a coordenadora da PCr na Arquidiocese de Natal esteve, representando a Pastoral Carcerária, do 2º Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, em agosto, quando participou da oficina “Revista Íntima (Condições de realização e novos procedimentos no Brasil)”, que teve por finalidade elaborar a recomendação a ser encaminhada pelo CNJ aos juízes da execução penal, no sentido de que venham a proibir a revista vexatória em suas comarcas. Houve também, três encontros com o secretário estadual de Justiça para tratar da temática, e a Pastoral se fez presente na audiência pública na Assembleia Legislativa, quando denunciou as condições de violação por ocasião das revistas, principalmente na Penitenciária de Alcaçuz.
O coordenador da PCr potiguar enalteceu as articulações e trabalhos realizados pela PCr Nacional, considerando-os “de muita relevância para se criar novos parâmetros de mudanças institucionais e de mentalidade”. Ele deseja que em 2014 as bandeiras de luta continuem, e “também esperamos que se discutam estratégias de socialização do conteúdo deste trabalho além do que já se faz, por meio do boletim semanal e do site, acessados por poucos. Outra expectativa é de que haja mais interação com as coordenações estaduais e que o material sobre evangelização e catequese seja reproduzido em cartilha”, opinou.

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