A pastoral carcerária tem como missão: Ser sinal da presença viva e eficaz de Jesus Cristo e da ação da Igreja como sacramento do reino de Deus, exercendo a misericórdia e a compaixão para com a realidade dos que se encontram no cárcere. Promovendo e valorizando sua dignidade humana a luz da Palavra de Deus; Como objetivo: Ajudar os privados de liberdade a fazerem um caminho novo de vida no encontro profundo com os valores que o Evangelho transmitir a partir da pessoa de Jesus e do nosso testemunho.
Foi então, com o intuito de por em prática nossa missão e objetivo, que nossa equipe de pastoral carcerária da arquidiocese de Manaus realizamos, no ultimo dia 10 de outubro, um inédito festival de música cristã na cadeia pública desembargador Raimundo Vidal Pessoa que está localizada no centro da cidade, com o tema: “Justiça e Paz se abraçarão”.
Contando com a presença de 10 participantes internos que concorreram a premiação do 1º, 2º e 3º lugar, os quais foram responsáveis por criar a letra e a música que foi cantada, o evento foi um importante momento de entretenimento entre os internos e a pastoral carcerária. Os detentos demonstraram que o evento não foi apenas uma competição, mas também um tempo para agradecer, louvar e adorar ao Senhor.
Marluce da Costa Sousa, coordenadora da pastoral, destacou que “esse festival, que foi uma iniciativa da pastoral carcerária. significou muito tanto para nós quanto para os internos. Assim como nós estamos felizes percebemos a alegria em cada participante. Acreditamos que através da música o interno cria motivações para melhorar para planejar melhor sua vida quando reconquistar sua liberdade. Nosso trabalho não é só evangelizar, mas também nos preocupamos e agimos com o ser social do detento, por isso que esse momento é importante para eles poderem sentir-se incluídos. Foi mesmo um momento muito bom. Um tempo de Graças que Deus nos concedeu”.
Foi um trabalho cansativo, porém nos sentimos contentes e com a certeza de mais uma missão realizada. Pois um acontecimento como esse é uma oportunidade que o encarcerado tem para mostrar a sociedade, que em si, ainda há coisas boas e, por conseguinte, ele fortalece também a esperança e a fé de recuperar o seu direito de liberdade e viver melhor. E a nossa alegria se completa por sabermos que estamos colaborando nesse sentido com essas pessoas.
Por José Silva Menezes – seminarista IMC atua na pastoral carcerária em Manaus