Nesse Dia das Mães, a Pastoral Carcerária Nacional coletou relatos de mulheres presas, que falam sobre seus sonhos, angústias e saudades em uma data tão significativa. A dor de estar longe dos filhos e mães que tanto amam, e a esperança de retornar à liberdade para estar ao lado da família novamente é o que motiva essas mulheres.

Confira:

Bom, o que dizer de uma data tão importante e especial que é o dia das mães? Posso dizer que é maravilhoso, incrível, entre muitas coisas, mas falar do dia das mães de dentro de uma cela de um presídio, isso não é nem um pouco fácil.

Aqui quando você é filho já dói, mas quando você é mãe, é uma dor insuportável, pois era para ser um dia alegre, feliz, com tudo de bom e muito amor, mas é só tristeza, solidão, pois aquele abraço do seu filho, você não vai ter. Aquela apresentação na escola do dia das mães, você não vai.

Aí você se julga, se culpa….

E você pede a Deus que tudo o que você mais queria na vida, nesse dia, era poder ganhar um abraço do seu filho e da sua mãe…

E o pior sentimento de estar aqui, longe de quem mais se ama, numa data comemorativa, claro que todos os dias são dolorosos, mas quando fala dia das mães, aí parece que machuca lá na alma, como se fosse uma ferida que não cicatriza…

Então eu digo: ame, cuide, valorize quem pode e tem seus filhos e sua mãe, porque o pior sentimento é você ter e não poder vê-los e abraçá-los.

Ame mais, abrace mais, pois não sabemos quanto tempo temos para respirar.