Seminaristas da Arquidiocese de São Paulo concluem a Missão de Férias

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Por padre Gianfranco Graziola, vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária16
De alguns anos para cá a primeira semana de julho, o começo das férias, transformou-se para os seminaristas da Arquidiocesanos de São Paulo na “Missão de Férias”. Jovens e menos jovens desde o propedêutico até o último ano de teologia, deixam as aulas, as filosofias aristotélicas e tomistas, as elucubrações teológicas para se cimentar com a realidade da vida do dia a dia, a caminhada pastoral da Arquidiocese e suas demandas em tempos de “sociedade liquida” em que tudo é questionado, é evanescente, até ter uma religião libertadora e transformadora.
A missão, cuidadosamente preparada, abrange âmbitos paroquiais nas suas diversas realidades e algumas Pastorais Sociais, como, por exemplo, a Pastoral do Menor, do Povo de Rua, Hospitalar e Carcerária. A essência dessa semana é muito simples: viver e conviver com situações do cotidiano da gente, das pessoas, com seus anseios, questionamentos, abandono, solidão e indiferença, deixando por uma semana o ambiente dourado do seminário, entre orações e estudos.
17Também este ano a Pastoral Carcerária de São Paulo com seus agentes acolheu dois grupos de seminaristas que acompanharam suas atividades nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) e complexos penitenciários da Capital e de Franco da Rocha. Pegaram carona e participaram da missão o Padre José Ronaldo Brito, da Pastoral Carcerária da Diocese de Santarém do Pará, e Vital José Pessoa, seminarista e agente da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Maceió, Alagoas, que, encontrando-se na cidade por ocasião dos trabalhos da Agenda pelo Desencarceramento, quiseram aproveitar esta ocasião para melhor conhecer a realidade carcerária de São Paulo.
A conclusão da semana, os relatos dos participantes e dos que os acompanharam, para além do entusiasmo e alegria para mais esta experiência, definida como voz e sinal do Espirito Santo, apontam desafios, luzes, sombras, carências e particularmente lançam uma advertência clara para a nossa Igreja local chamada a “repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só veem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários”. (DAp.11).
Numa palavra é a Igreja em saída capaz de escutar, ler os “sinais dos tempos” e se abrir a novas propostas e caminhos que o Evangelho sob o impulso do Espirito indica.


 

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