PCr de Jequié (BA) e defensores públicos denunciam tortura sofrida por presos

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Capa Tortura_presos_Jequie (1)A Defensoria Pública da Bahia apura denúncias de que presos do Conjunto Penal de Jequié (BA) foram torturados e colocados em salas isoladas, sem atendimento médico.
As denúncias foram feitas a agentes da Pastoral Carcerária de Jequié e a defensores públicos pelos presos, por meio de bilhetes sem identificação, nos quais os encarcerados relataram que há pessoas feridas, inclusive com fraturas expostas, que foram transferidas para alas de acesso restrito na unidade prisional.
“Aconteceu uma revista de rotina denominada de baculejo, feita pela policia de choque da Bahia. Houve alguns excessos de violência e espancamentos de alguns internos do presídio. A Pastoral recebeu denúncias de alguns familiares através de telefonemas e convidamos a defensoria e o conselho da comunidade e fomos ver e constatamos a realidade”, explica Francisco Carlos Almeida, o Franco, coordenador da PCr no Estado da Bahia.
As duas versões
Jequie_interna (1)Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), a transferência de 13 líderes do crime organizado em uma revista geral, em 4 de agosto, resultou nas apreensões de objetos ilegais no conjunto penal, o que levou à revolta dos presos.
No entanto, durante visita à unidade prisional realizada pela Defensoria Pública, os defensores públicos Itanna Pelegrini, Yana Melo e Rafson Ximenes ouviram dos presos outra versão para o caso. Segundo eles, antes da chamada “operação baculejo”, os detentos teriam sido agredidos pela Polícia de Choque com chutes, golpes de cassetete e gás de efeito moral, alguns inclusive com balas de borracha. Contam ainda, que entre as apreensões, estariam o material utilizado para a costura de bolas – trabalho realizado dentro do presídio com autorização da direção do local, o dinheiro proveniente dessa atividade, além de alimentos trazidos pelos familiares.
Acesso limitado aos defensores públicos
Mesmo com ordem judicial que garantia a visita ao local, os defensores públicos tiveram acesso apenas a um dos módulos do presídio. Eles foram impedidos de pelo interventor da unidade prisional, Paulo Salinas, de visitar outros seis módulos que visitariam.
O diretor do Conjunto Penal, Vinicius Oliveira, e o Interventor descumpriram a ordem do juiz, alegando que a situação não oferecia segurança e que a presença dos defensores poderia inflar o descontentamento dos detentos.
Fonte: Jornal Correio 24 horas.

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