PCr de Goiânia aprimora atuação nos cárceres

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Capa_Reuniao_PCr_GoianiaCom a proposta de melhorar as ações que realizam, os agentes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiânia deliberaram em encontro, no dia 25 de março, algumas mudanças de atuação e organização.
A coordenação arquidiocesana, por exemplo, será dividida por áreas, tendo à frente uma pessoa de referência: Formação, irmã Jeane; Jurídico, Irmã Maria José; e Saúde, Gilene. Também se decidiu que serão realizadas reuniões mensais de avaliação/formação; e que as visitas às unidades prisionais acontecerão em duplas. Além disso, grupos da Legião de Maria irão ao sistema semiaberto a cada 15 dias.
No encontro também se chegou à decisão de que os ‘kits’ para higiene, que tanto faltam aos detentos, serão sempre entregues aos responsáveis/diretores de cada setor; que serão elaboradas carteiras de identificação dos agentes da Pastoral; e foi informado que a coordenação arquidiocesana disponibilizou um livro e um álbum para registro de todas as ações da PCr, devendo cada agente de pastoral fornecer os relatos.
Antes do término do encontro, conduzido pelo diácono Ramon Curado, coordenador arquidiocesano da PCr de Goiânia, houve a visita do comandante João Cláudio, do Grupo de Operações Penitenciárias de Goiás, que em no do Grupo se desculpou pelo constrangimento passado pelos agentes da Pastoral em visita à Penitenciária Odenir  Guimarães (POG) no momento de uma operação de revista da ala pelos seus comandados.
 
Superlotação generalizada em Goiás
Interna_inferior_reuniao_PCr_GoianiaEm inspeção realizada na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), os juízes do mutirão carcerário testemunharam o domínio dos presos sobre a maior unidade prisional do Estado, que abriga 1.435 detentos.
No dia da inspeção, a equipe da força-tarefa encontrou uma cela com capacidade para duas pessoas onde 35 detentos cumpriam pena uns sobre os outros, com alguns pendurados no teto. De acordo com a direção do presídio, os internos abrigados na cela superlotada estariam ali por determinação dos presos que dominam a unidade.
A administração informal desempenhada pelos detentos no presídio leva à propagação de regalias escancaradas encontradas pelo Mutirão, tais como churrasqueiras, geladeiras e mesas de sinuca nas alas. Enquanto as celas esbanjam mordomias, no pátio destinado ao banho de sol e às visitas, a equipe do mutirão encontrou lixo e muitas moscas.
As inspeções mostraram que a superlotação é fenômeno generalizado em Goiás. Em Anápolis, 338 homens disputam 168 vagas, sendo que no pavilhão mais lotado do estabelecimento existem seis homens para cada vaga. Em Águas Lindas, são 50 vagas para 127 presos.
O alimento fornecido pelos presídios à população carcerária é insuficiente, em algumas unidades presos administram cantinas, vendendo comida. Além de comida, também falta atendimento médico nas prisões goianas – inclusive na maior penitenciária. O vazio deixado pelo governo estadual na assistência à saúde dos detentos e no fornecimento de material de higiene e limpeza é, em parte, suprido pela prefeitura e conselhos da comunidade. Em geral, os estabelecimentos não contam com médico, sendo os detentos doentes atendidos nos postos de saúde ou hospitais da rede municipal. Nos presídios, quando há auxiliares de enfermagem, odontólogos e psicólogos, eles são fornecidos pelo executivo municipal.
 

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