Padre Valdir: familiares têm pouca participação na ida de drogas e celulares às prisões

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capa Interna superior Vadir radio Franca InternacionalUma situação rotineira nas prisões brasileiras aconteceu na cidade francesa de Marselha, no começo do ano, e causou desagrado na população local: os detentos da prisão de Baumettes criaram uma página no Facebook em que mostram o dia a dia na prisão, em fotos e vídeos, incluindo situações em que estão fumando narguilé enquanto assistem televisão, exibindo pacotes de dinheiro e até entorpecentes dentro das celas.
O fato gerou atenção da mídia francesa, tanto assim que a rádio França Internacional, sediada em Paris, entrevistou o Padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, para saber situações semelhantes no Brasil.
De acordo com Padre Valdir, “droga e celular é algo comum nos presídios brasileiros, embora sejam proibidos. Na prática, análises feitas por institutos no Brasil comprovaram que os familiares são responsáveis por apenas 0,03% do que é encontrado nas blitz do sistema prisional brasileiro, quando as celas são revistadas. Isso é diferente conforme o local. Em alguns, há porcentagem de familiares participando, mas também existem casos com a participação de advogados e de funcionários que também entram no esquema”, explicou.
Padre Valdir também enfatizou que em diferentes partes do país, os presos divulgam pelo Facebook fotos do interior das unidades prisionais, e que a medida mais comum para reprimir tal situação no Brasil é a instalação de bloqueadores de celulares e ainda a construção de presídios em localidades distantes, onde há dificulade de acesso ao celular ou à internet.
Na França, conforme explica a reportagem da rádio França Internacional, o consumo de drogas é proibido dentro das penitenciárias, assim como a entrada de computadores e conexão internet, mas, mesmo assim, as imagens foram realizadas com telefones celulares tanto em Marselha quanto na unidade prisional de Nice, outra cidade francesa localizada no sul do País.
Interna inferior Presos Franca BrasilOs sindicatos de carcereiros franceses consideraram a publicação como uma provocação e tentam se defender. Eles explicam que não conseguem controlar a entrada de objetos ilegais nas prisões e reclamam da falta de pessoal.
O governo da França abriu uma investigação para punir os responsáveis, inclusive os funcionários do presídio de Baumettes que possam estar envolvidos na publicação da página Facebook, que já foi retirada do ar.
CLIQUE E OUÇA A REPORTAGEM DA RÁDIO FRANÇA INTERNACIONAL
 

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