Encontro Semeando Poesia e Pastoral estimula sensibilidade de mães presas no Macapá

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As presas da Penitenciária Feminina de Macapá (AP) tiveram um momento especial para celebrar o Dia das Mães. Em 13 de maio, um dia após a data, o grupo Poesia na Boca da Noite realizou a terceira edição do encontro Semeando Poesia e Pastoral, com a temática sobre o Dia das Mães. Os dois anteriores aconteceram em dezembro de 2012 e no mês de março.
As presas já entraram no “clima” da atividade logo ao chegar ao local do encontro, envolto por poesias conhecidas sobre mulheres e mães, além de ter no chão um grande pano escrito poesia, onde as participantes se sentaram, para ouvir, inicialmente, um poema de Ademir Barbosa, em homenagem às mães (leia mais abaixo).
A atividade, coordenada por Alcinéa Cavalcante, Ana Maria Rizzante, Deusa Ilário, Fernanda Gomes e Mara Alves, teve sequência com uma seção de música-oração, ao som de “Estrela Luminosa”, de Alcione. Depois foram realizados exercícios de respiração, mística de partilha e comunhão, e momento para afagos mútuos, realizados ao som de canções como “Paz pela paz”, de Nando Cordel; “Água Viva”, de Raul Seixas; e Lady Laura, de Roberto Carlos.
Cada participante foi também convidada a construir, com papel colorido, um origami em formato de coração, e a escrever frases, que posteriormente foram declamadas em duplas, sendo que as mulheres se enfeitaram com máscaras coloridas, perucas, tecidos e óculos diversos para realizar tais declamações.
Houve ainda a distribuição de pequenas vasilhas com água e a entrega de um pequeno papel dobrado, que ao ser colocado em contato com a água, desabrochava uma flor, que tinha em seu centro a frase “Amar é…”, e nas pétalas, palavras como beijar, abraçar, acarinhar, olhar, sorrir, cantar e dançar. Cada participante escolheu duas ações contidas nas pétalas e as vivenciou com outra pessoa, ao som de “A flor e o beija-flor”, de Zé Miguel.
Ao final do encontro, todas receberam um livrinho-presente do grupo Poesia na Boca da Noite, e uma cópia da poesia de Ademir Barbosa, lida no começo da atividade, cuja íntegra está abaixo:
Mãe,
Você pode ser bem jovem ou tão madura; eu te amo.
Você pode ser certinha ou cheia de defeitos; eu te amo.
Você pode ser negra, ruiva, loira, morena, mulata… ; eu te amo.
Você pode ter o corpo bem definido ou gordinha; eu te amo.
Você pode ter a altura de uma modelo ou não; eu te amo.
Você pode ter toda riqueza ou quase nada; eu te amo.
Você pode ser graduada ou analfabeta; eu te amo.
Seja o que possa ser ou será; mãe eu te amo.

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