Em Belém, Semana do Encarcerado ressalta direitos das pessoas presas

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“A volta do filho pródigo” foi o tema das reflexões da Semana do Encarcerado 2013, promovida pela Pastoral Carcerária e a Arquidiocese de Belém, entre os dias 6 e 10 de maio, com a realização de palestras, mesas redondas, partilhas de experiências e a realização de um mutirão da cidadania.
Um dos momentos centrais do evento aconteceu na cerimônia de abertura, no dia 6, no Colégio Santo Antônio, com a participação do titular da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), André Cunha, do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, do juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais de Belém, Cláudio Rendeiro, e do bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Alberto Teodoro Mendes, que debateram sobre “Os desafios da reinserção social do egresso no Estado do Pará”.
André Cunha enalteceu as parcerias na promoção de assistência religiosa aos presos, lembrando que é a única assistência prevista na Lei de Execução Penal que não pode ser feita sem a participação da sociedade civil organizada. “Ela é tão necessária que é capaz de fazer transformações na vida das pessoas. Hoje, no sistema penitenciário, mais de 800 pessoas, de 86 grupos religiosos, atuam de forma voluntária nas unidades prisionais, levando uma palavra de conforto à população carcerária”, disse.
O coordenador da Pastoral Carcerária em Belém, o diácono Ademir Silva, recordou que a Semana do Encarcerado é realizada, desde 2008, com o objetivo de manter os ideais da Campanha da Fraternidade de 1997, que tinha como tema “Fraternidade e Encarcerados” e como lema “Cristo liberta de todas as prisões”; além de estimular a parceria entre governo, Igreja e sociedade para a reinserção social e a valorização da dignidade humana.
Durante o evento, diversas atividades, como apresentações culturais, oficinas, celebrações da Palavra e palestra, buscaram valorizar a promoção dos direitos humanos junto à comunidade carcerária. Isso também aconteceu no mutirão da cidadania, no último dia, quando egressos, familiares, albergados e cumpridores de penas alternativas, contaram com serviços de emissão de documentos, orientações jurídicas, encaminhamentos a cursos profissionalizantes e atendimento de saúde básica.
As reflexões também sinalizaram para a importância de que a iniciativa privada ofereça oportunidade de trabalho para os egressos do sistema penal, a fim de que resgatem a própria dignidade moral, social e cristã, bem como a de seus familiares.
Ainda durante o evento foi realizada a palestra “Maternidade responsável – Ser Mulher é ser mãe”, promovida pela Pastoral da Criança, e uma celebração de encerramento, na sexta-feira, dia 10, na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.

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