Dom Odilo celebra no CDP de Pinheiros

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02“Como nós vemos a Deus?”, foi a pergunta feita pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, aos detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, na homilia da missa celebrada na tarde de terça-feira, 26 de novembro, para os presos, agentes penitenciários e diretores do CDP.
A missa, presidida por dom Odilo, foi concelebrada pelos padres Manoel Ferreira dos Santos Júnior, provincial dos Missionários do Sagrado Coração (MSC), e Eugênio Luiz de Barros, msc, sacerdote que trabalha no atendimento aos detentos do CDP.
Na saudação inicial, dom Odilo destacou que a celebração já se insere na preparação para o Natal. O Cardeal afirmou, ainda, que Deus é um pai de misericórdia, e que dá palavras de conforto, mas também, de orientação para que as pessoas possam se acertar na vida.
Já na homilia, o Arcebispo pegou como exemplo a figura de Jesus, Bom Pastor, aquele que cuida de suas ovelhas, que vai atrás da ovelha perdida e desamparada. Dom Odilo destacou, também, que na vida todas as pessoas podem ter um momento de desencaminhamento, porém todos têm a possibilidade de se reencontrar.
Dom Odilo pediu, ainda, que mesmo sendo difícil o período de reclusão, os presos aproveitem o momento que estão internos para aprender o que é bom, pois isso será útil na vida. E recomendou que não desesperem, não deixem de procurar o caminho bom, o caminho que conduz para a liberdade e felicidade.
Padre Eugênio, que há dois anos trabalha no CDP de Pinheiros, contou que a religião abre perspectivas de indicar um caminho por onde caminhar, para que o encarcerado tenha um caminho a seguir e permaneça firme para não voltar a errar.
Para o sacerdote, a visita do “pastor maior da Arquidiocese” é importante, pois “não existe maior prova de amor do que a presença”. Padre Eugênio acrescentou que a presença da Igreja “começa a partir de um olhar misericordioso, que é o olhar de Jesus, a resgatar essas ovelhas trazer de volta ao redil”.
O diretor da unidade, doutor Guilherme Silveira Rodrigues, disse que a Igreja sempre colaborou no trabalho nas unidades de detenção, fazendo parte, para ele, de um tripé – família, trabalho e religião – o que colabora para a disciplina e ajuda na ressocialização dos detentos.
Fonte: Jornal O SÃO PAULO/Edcarlos Bispo de Santana

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