Dom Angélico Bernardino orienta retiro da PCr da Arquidiocese de São Paulo

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2905 Pastoral Carceraria e Dom Angelico“Devemos atender o chamado do Papa Francisco e quebrar a globalização da indiferença. Vocês são profecia dentro da Igreja. Levem a realidade e os problemas vividos pelos presos e pelas presas para a sensibilização e conhecimento de nossas comunidades. Muitos estão cegos para a vida desses irmãos”.
Essa foi uma das falas iniciais de Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), que orientou o retiro espiritual dos agentes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo, em 23 de maio, realizado na Cúria da Região Episcopal Sant’Anna. Dom Sergio de Deus Borges esteve presente no final da manhã para acolher e saldar os/as participantes.
O encontro ocorreu durante todo o dia, alternando momentos de reflexão motivados por Dom Angélico com momentos de oração e meditação individuais. A espiritualidade cristã, a evangélica opção preferencial pelos pobres, e o trabalho missionário da Pastoral Carcerária foram os eixos condutores do retiro, tendo como fundamentação, entre outras referências, Mateus 5, 1-12, Mateus 25, 31-46, e algumas passagens da exortação apostólica Evangelli Gaudium, do Papa Francisco. A celebração eucarística seguiu a liturgia da solenidade de Pentecostes.
Dom Angélico insistiu que os/as cristãos/ãs devem “gritar, juntamente com o Papa Francisco, pela cultura do encontro”, pois o Reino que Jesus pregou é de justiça, amor e paz. A defesa da dignidade humana é imperativa na conduta cristã: “Os grandes santuários não são as catedrais e igrejas, mas a pessoas humana”, disse. Para seguir Jesus, completou Dom Angélico, o/a cristão/ã não pode prescindir de uma oração encarnada: “Temos que rezar. E rezar com a realidade; com o pé no chão!”, pois a misericórdia – maior das virtudes –, o amor fraterno, e a opção pelos pobres são as marcas da vida cristã.
O encarceramento é um atentado ao projeto do Reino. Porém, contra a globalização da indiferença, Dom Angélico lembrou-se das “ordens de Jesus”: “estive preso e me visitou” e “lembrem-se dos presos”. Ele motivou a Pastoral Carcerária, ao final do retiro, recordando as palavras de Dom Paulo Evaristo: “Vamos avante! De esperança em esperança, sempre com esperança!”.
 
Reportagem: Marcelo Naves

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