Caridade une presas, servidores e agentes da pastoral em Cuiabá (MT)

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A falta de ocupação é uma das principais reclamações das presas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá (MT), pois as atividades atuais não atendem a maioria das internas, segundo levantamento realizado em março pela 2ª Vara de Execução Criminal.
Na busca de alternativas, agentes pastorais e servidores lançaram, no dia 11 de maio, o projeto “Amor por Inteiro”, ação conjunta entre a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Cuiabá e a direção da penitenciária, para proporcionar ocupação e prática de caridade entre as presas com a confecção de roupas de cama e capas de colchões para pessoas carentes, por meio do reaproveitamento de sobras de tecidos da oficina de costura da unidade prisional (UP).
A ideia partiu de Sônia Maria da Silva, líder de disciplina da UP. A direção ficou responsável pela seleção e treinamento de mão de obra, de acordo com a capacidade da oficina de costura, e pelo controle de remissão de pena para as participantes.
Já à Pastoral Carcerária coube a formação espiritual e social – que foi feita por meio da palestra “Caridade”, ministrada pelo seminarista Felipe Santos (foto) – e também identificar, cadastrar, encaminhar doações e zelar para que os produtos sejam entregues a instituições idôneas.
Todos os trabalhos não têm fins lucrativos. Por isso, as presas contarão com um termo de adesão que esclarece a natureza filantrópica da proposta e oferece remissão de pena de acordo com horas de trabalho e estudo, além de certificado de participação emitido pela pastoral.
As primeiras instituições beneficiadas são a Sociedade São Vicente de Paulo (Vicentinos), organismo dedicado ao atendimento de famílias carentes, e a Creche Vovó Cristina, localizada na periferia da capital do Mato Grosso.
Na avaliação dos agentes pastorais da penitenciária feminina, a ideia da servidora Sônia Maria é boa pela simplicidade e potencial de mudança, pois quando assistidas pela Pastoral Carcerária em suas dificuldades materiais e espirituais, certas presas manifestam desejo de contribuir com obras de caridade quando forem soltas.
Conforme manifestam os agentes da Pastoral Carcerária que atuam na penitenciária, “durante as palestras e acompanhamentos, as agentes pretendem incentivar a reflexão sobre a Caridade, além da oferta material e o próprio Amor de Deus expresso no que fazemos ou deixamos de fazer pelo bem dos outros e de nós mesmos. E como o Espírito de Deus não pode ser impedido de alcançar corações abertos, grades não podem evitar a pratica da Caridade entre as presas, seja confeccionando lençóis para desconhecidos, animando colegas de cela na superação de suas dificuldades ou carregando a própria cruz com Fé e Esperança”.
Fonte: Pastoral Carcerária de Cuiabá/Grupo de Atendimento às Presas “Santa Maria Madalena”

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