No Jubileu dos Presos, Papa estará com mais de mil encarcerados no domingo, dia 6

 Em Igreja em Saída

Detentos, seus familiares, agentes de polícia penitenciária, capelães de prisões e membros de grupos que prestam assistência às pessoas encarceradas participarão no domingo, 6 de novembro, do Jubileu dos Presos, com o Papa Francisco no Vaticano.
De acordo com o presidente do Pontifício Conselho para Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, o interesse do Papa pelos condenados ultrapassa o período jubilar. O Pontífice, segundo o arcebispo, esteve em contato telefônico com detentos nos últimos meses, incluindo alguns que estão condenados à pena de morte.
Segundo Dom Rino Fisichella, inscreveram-se para o Jubileu dos Presos com o Papa Francisco mais de 4 mil pessoas, das quais mais de mil serão detentos provenientes de 12 países do mundo: Inglaterra, Itália, Letónia, Madagáscar, Malásia, México, Holanda, Espanha, Estados Unidos, África do Sul, Suécia e Portugal.
O serviço litúrgico – disse ainda Dom Fisichella – “será feito pelos prisioneiros. As hóstias que serão utilizadas na Santa Missa foram produzidas por alguns detentos do Cárcere da ‘Opera’, de Milão, no âmbito do projeto ‘O Sentido do Pão’, idealizado e organizado por ocasião do Jubileu e implementado em colaboração com a ONG Fundação Casa do Espírito e das Artes”.
Ao lado do crucifixo em madeira do século XIV, restaurado recentemente, “será exposta uma imagem de Nossa Senhora das Mercês, protetora dos prisioneiros; o Menino Jesus tem em suas mãos correntes abertas em sinal de libertação e de confiança. Antes da missa, o Papa saudará alguns encarcerados e personalidades presentes na celebração.
Também segundo o Arcebispo, “o programa do Jubileu dos Encarcerados é muito simples e não se afasta do espírito com que se quis viver o Jubileu. No dia de sábado, 5, os participantes terão a possibilidade, nas Igrejas jubilares, de confessarem-se e de atravessar a Porta Santa, realizando o percurso prévio, instalado na Via da Conciliação, em preparação à celebração do dia sucessivo. A partir das 7h30min será possível entrar na Basílica, em espera à celebração da Santa Eucaristia presidida pelo Santo Padre às 10 horas”.
“Muito intenso, a partir das 9 horas [horário local], será o momento dos testemunhos. Teremos, de fato, como preparação à celebração eucarística, a apresentação de quatro testemunhos que englobam o mundo dos cárceres. Um detento que no mundo da prisão teve a experiência da conversão, falará junto à vítima com a qual se reconciliou; o irmão de uma pessoa assassinada que se tornou um instrumento de misericórdia, portanto, de perdão; um menor de idade que está cumprindo pena e, por fim, um agente da Polícia Penitenciária, que diariamente está em contato com os detentos. Ouviremos os seus testemunhos de vida e compreenderemos o quanto o tema da misericórdia não é, de fato, uma palavra teórica, mas uma genuína ação cotidiana que representa muitas vezes um verdadeiro desafio existencial. Os testemunhos serão intercalados com músicas e cantos pelo Coral Papageno, compostos por voluntários e detentos da “Casa Dozza do Distrito de Bolonha”. Ao meio-dia, por fim, o Angelus na Praça São Pedro.
Dom Rino Fisichella afirmou, ainda, que “menores, pessoas que cumprem pena alternativa, pessoas com prisão domiciliar e detentos permanentes com condenações diversas. No final das contas, uma presença verdadeira que marca um real empenho para oferecer um futuro e uma esperança que ultrapasse a condenação e a duração da pena”.
Por fim, Dom Fisichella destacou que o Papa Francisco sempre dedicou grande atenção aos encarcerados: “Basta pensar à sua primeira celebração da Santa Missa in Coena Domini, no Cárcere para menores de Casal del Marmo, para depois passar para as suas numerosas visitas nas prisões de muitos países: em Poggioreale (Nápoles) em março de 2015, onde almoçou com os detentos; em Filadélfia em setembro de 2015; em Palmasole, Bolívia, em julho de 2015 e em Ciudad Juárez, no México, em fevereiro de 2016”.
Fonte: Rádio Vaticano

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