Padre Valdir fala a jornal católico francês sobre as prisões no Brasil

 Em Combate e Prevenção à Tortura

A edição de 7 de fevereiro do jornal católico francês “La Croix” apresenta uma eportagem sobre aJornal Frances situação das prisões no Brasil, com menções ao encarceramento em massa no país, a morte de mais de 130 presos desde o início do ano, além da grande quantidade de pessoas encarceradas pelo envolvimento com as drogas.
A reportagem com o título “Au Brésil, l’Eglise milite pour une réforme des prisons” – em tradução livre “No Brasil, a Igreja luta por uma reforma prisional” -, destaca o trabalho da Pastoral Carcerária na assistência religiosa e na luta pela garantia dos direitos humanos, mostrando especialmente a atuação de um dos agentes da PCr do Rio de Janeiro no Complexo Penitenciário de Gericinó. Também há uma conversa com o Padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, sobre o panorama das prisões no país.
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“O cuidado da Pastoral sendo presença junto aos detidos e suas famílias é uma referência num lugar onde o Estado os abandona”, cita a reportagem.
Ao comentar sobre a onda de rebeliões nas prisões brasileiras no começo do ano, Padre Valdir destacou que “esta crise não é uma surpresa”, pois há tempos a Pastoral Carcerária alerta as autoridades sobre a situação caótica dos cárceres.
Padre Valdir comentou sobre a urgência de uma reforma abrangente do sistema prisional e do judiciário e apontou para as propostas da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, entre as quais a descriminalização do uso e comércio das drogas.
“Não somos a favor de drogas, mas a solução não é o castigo”, argumentou o Padre Valdir. “É urgente rever a maneira como tratamos e julgamos a deliquência no Brasil”, afirmou, criticando as recentes propostas do governo federal apresentadas após as rebeliões nas regiões Norte e Nordeste do país. “Eles [governo] vão apenas prosseguir na linha adotada até agora e que não funciona: responder à violência através da violência, o que só a reforça”.
Ainda de acordo com o Padre, a Pastoral pretende, acima de tudo, salvar a dignidade dos presos e lutar para que sejam respeitados. “Quando o Papa Francisco visita uma prisão, ele diz: ‘Por que eles estão detidos e não eu?”, concluiu.

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